quarta-feira, 14 de julho de 2010

A equipe de futebol que preferiu morrer a perder

A equipe de futebol que preferiu morrer a perder

A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comoventes, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40. Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo.


Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.

Kiev em Ruínas

Tudo começou em 19 de setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo. A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido goleiro do Dinamo.

Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dinamo. Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato se deu conta de que era seu ídolo: o gigante Trusevich.

Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o goleiro para que trabalhasse em sua padaria. Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo goleiro, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe.

Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma idéia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas. Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores.

O goleiro TrusevichO arqueiro percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo. Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou. Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma equipe completa.

Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados por seu protetor, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazistas, a única que bem sabiam fazer. Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores.

Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe. Assim nasceu o FC Start, que através de contatos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.

Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida. Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2. Seu seguinte rival foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2. Depois meteram 11 gols numa equipa romena. A coisa ficou séria quando em 17 de julho enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 a 2. Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tarde, ganhou de 3 a 2 na revanche.

Em seis de agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande time, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler. Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de esportividade dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.

Depois dessa escandalosa queda do time de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso. Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã.

A superioridade da raça ariana, em particular no esporte, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar o time em um jogo.

Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de agosto, no repleto estádio Zenit. Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:

- "Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado", exigindo que eles fizessem a saudação nazista.

Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: - "Heil Hitler!", gritaram - "Fizculthura!", uma expressão soviética que proclamava a cultura física.

Time Alemão Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro gol, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.

Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:

- "Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo". Ameaçou um outro oficial da SS. Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.

Deram um verdadeiro baile nos nazistas. E no final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão. Deu lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo.

Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0. Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria.

O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o arqueiro Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em novembro de 1943. O resto da equipe foi torturada até a morte.

Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se atualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.

Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores. Abaixo a única foto que se conserva da heróica equipe do Dinamo e o nome de seus jogadores.

Goncharenko e Sviridovsky, os únicos sobreviventes, junto ao monumento que recorda a seus colegas.

Na Ucrânia, os jogadores do FC Start hoje são heróis da pátria e seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios. No estádio Zenit uma placa diz "Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista".

Poster propaganda da revanche.

Esta é a história da dramática "Partida da Morte". O cineasta John Huston inspirou-se neste fato real para rodar seu filme "Fuga para a vitória" (Escape to Victory) de 1982 que chamou muita atenção à época do lançamento porque dele participaram grandes nomes do cinema como Michael Caine, Sylvester Stallone e Max Von Sydow, mas muito mais pela participação de algumas estrelas do futebol, como Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Kazimierz Deyna e Pelé. No filme John Huston fez o que não pôde o destino: salvar os heróis.

terça-feira, 13 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Pintar ceramica/porcelana em casa

Tutorial: cerâmica pintada a mão

cerâmica pintada a mão

Porcelana branca, pincéis, dois potes de tinta e uma caneta especial para pintar cerâmica. Com estes poucos ingredientes eu encontrei a receita para uma boa diversão. A cerâmica – dois potes, um açucareiro e uma caneca – ganhei da minha mãe, que está fazendo uma arrumação na casa dela e descartando algumas coisas que não usa mais.

porcelana pintada a mão

Eu nunca havia pintado cerâmica antes, mas sempre tive curiosidade. Para começar, comprei tinta vermelha e ocre e uma caneta preta. A caneta é uma Creative Marker Compactor com ponta de 2,5mm. A tinta é Decorfix brilhante para vidro, metal e cerâmica, da Corfix. Para pintar, segui as instruções dos rótulos.

porcelana pintada a mão

A tinta (a da caneta também) é solúvel em água. Além de não ter cheiro, ainda permite que você lave a peça quantas vezes quiser, caso não fique satisfeita com o resultado da pintura. Eu lavei algumas vezes, até chegar ao que queria. Enquanto a tinta está molhada, é só colocar embaixo da torneira que sai tudo. Depois que seca, é preciso esfregar para que a tinta saia. Mas se não queimar no forno, sai tudo, como se tivesse pintado com tinta guache. Como a porcelana não absorve a tinta, é bem diferente de pintar madeira ou tecido. Para começar, acho que a caneta é bem mais fácil de usar – pelo menos para quem não está muito familiarizada com pincéis, como eu.

porcelana pintada a mão
porcelana pintada a mão
porcelana pintada a mão

Todas as peças em preto e branco eu pintei usando a caneta. Segundo as instruções do fabricante, depois de pintar, é só esperar secar (eu deixei mais de 24 horas) e colocar no forno do fogão, durante 90min, em temperatura baixa (160°C).

porcelana pintada a mão
porcelana pintada a mão
porcelana pintada a mão
porcelana pintada a mão
porcelana pintada a mão

A caneca com os passarinhos eu pintei usando um pincel bem fino e a tinta amarelada. As instruções do fabricante são para esperar 24h e só depois levar ao forno por 35min. Como eu pintei as peças com caneta e essa com pincel todas juntas, acabei deixando todas 35min no forno aquecido a 180°C. É preciso esperar as peças esfriarem para só depois retirá-las do forno. Fiz tudo isso e gostei do resultado. Principalmente porque já lavei todas elas com água, esponja e detergente e os desenhos ficaram intactos.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Antes e depois - parede contact

EMILY'S SPARE ROOM - BEFORE

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I wanted to turn it into an area that was more 'multi-functional', when space is at a premium in your home you need to get resourceful and create "multi zone" spaces. So I wanted to make it a room where her guests could stay, but also create a cozy nook where Emily could relax, listen to music, work on her laptop etc.

I was going for a calm, inviting space so I started thinking about how to create a "feature wall" in the space. Since the room didn't really need to be painted, I thought it would be interesting to use something that could be removable but also add some visual interest.

Wall treatment:

What I came up with is easy to do, it's affordable and it's removable! I think I finally found something I can use as "removable wallpaper"! Which is great for renters, or anyone who doesn't want to commit to the application and removal process of wallpapering.

I ended up using a vinyl, removable, contact paper (normally used for lining kitchen shelves). It comes in a 12" width on a 10' roll that is $2.99/roll (it also comes in a wider width, but for walls I prefer the 12" width). I also recommend the vinyl for walls, and not the one that has the sticky backing. I was worried the sticky back paper wouldn't easily be removed from the walls and could take down the drywall.

You can use the vinyl contact paper in three ways:

1 - like I did with a white wall. Cut the vinyl to fit your wall height and paint the stripes a contrasting colour
2 - paint the wall a colour before hand and apply the
vinyl strips in white
3 - apply the white vinyl to a white wall and then paint the wall any contrasting colour
you want. This would be a permanent stripe painted on your wall but this is
easier to hang than strips of painters tape to create the grid.

Process for wall treatment:

I started by measuring the width of the room and figured out the centre point of the wall. Since the strips were 12" wide I marked it all out on graph paper before I started to make sure the stripes were centered in the room. I made the white stripes 12" as well, so it was very easy to figure out how much white space to leave on each side of the room. The next step was to measure the vertical height of the wall. Cut your strips off (use a little more than you need), an extra couple inches. Lay out the strips on a drop cloth and paint it with melamine paint (the colour I used was a match to farrow and ball pavilion gray).

Let it dry well. You will likely need to do a second coat of paint, but if not, you are ready to apply to the wall.

When it was fully dry I applied it to the wall I used a light coat of spray glue and a plastic drywall scraper to get any air bubbles out. Don't use too much glue or else it might not easily remove from the wall. The vinyl might bubble up a bit with the glue, but for the most part it drys out fairly flat. This isn't a perfect application, so if you are looking for a perfect wallpaper, then you should invest your time and money in wallpaper.

I'd also really recommend people use this in the second way I mentioned, which is just use it as a white stripe on an already painted/colour wall.

Portable bed/sofa:

This is possibly my favourite project of all times. As you saw, I found an old skid/pallet and then painted it white, screwed on 4 large wheels to create the base. I used Emily's old futon mattress, and altered it (cut it up) to fit the exact size of the base. If you didn't have a mattress, you could use 4-6 inch thick foam and double it up to make it comfortable and cut it to size. I covered the base with a white sheet and basically had an amazingly comfortable, portable bed or sofa. With the large cushions across the back it's really cozy and comfy! This rolling bed/sofa worked great in Emily's because it was long and thin. This would be great in your spare room, basement, cottage etc., anywhere you want to add some extra seating and/or beds. You could put two together in a corner to create a sectional and then have two separate beds or bind them together with cords to make it a double.



I also added a new blind (white) that softens the light in the room. And a new light fixture that is the same soft grey as the wall colour. The antlers were really the perfect grey to go with the stripes on the wall, it can be hard to hang artwork on stripes so this was the perfect look for that wall.

Projects:

Big back pillows: I used an inexpensive grey utility blanket to make pillows (and used as a throw). These pillows were so easy to make because the blankets were easy to cut and didn't fray. Emily had tons of pillow inserts, so I just cut up the blankets to size and basically customized them for the pillows she had. I used dark grey wool and a blanket stitch to hand sew them. I used the white stripe as an accent in the layout, so the stripes were centered on one side and the other side was dark grey.

White pillows: decorated in pattern with a light grey fabric marker, I put the outside tape on and then hand drew in the middle.



Lamps: I bought used, brass lamps and spray painted them white. I added two new white lamp shades and the tall shape was also the key to 'modernizing' these lamps.





Rugs: I also painted the rugs that Emily had. She had the 2 beige rugs and said they were getting dirty so I was free to paint them. I used some painters tape and varying widths to add on a dark grey stripe with fabric paint.




I used lots of great accessories and white end tables and that Emily already had and moved her dresser to the other side of the room.

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The Resource and price list:

Blind - $8.99 - Ikea
6 rolls contact paper - $2.99 x 6 = $17.94 - Canadian Tire
1 quart of melamine paint (colour match to pavilion gray farrow & ball) - $18.97 - Home Depot
Skid - free
Mattress - free
3 blankets - $4.97 x 3 = $14.91 - Zellers
Light fixture - $19.99 - Ikea
4 wheels - $14.99 x 4 = $59.96 - Home Depot
Lamps - $9.99 x 2 = $19.98 - Value Village
Lamp shades - $10.00 x 2 = $20.00 - Ikea
Fabric paint (for rugs) - $23.92 - Michaels
Fabric pen (for pillows) - $2.99 - Michaels
2 pillow covers, white $8.99 x 2 = $17.98 - Ikea
Clock - $4.90 - Ikea (as is)
Spray adhesive - $2.97- Home Depot
Antlers - $9.99 x 2 = $19.98 - Home Sense

GRAND TOTAL: $ 253.48

Home Owners' own: white end tables, artwork, dresser, rugs, all accessories other than clock